A flauta é um instrumento musical amplamente conhecido na China. De acordo com descobertas arqueológicas, a flauta já tem uma história de mais de 7 mil anos no país. Embora seja um instrumento simples, a flauta tem expressão musical bastante rica e pode transmitir diferentes sentimentos. E o instrumento ocupa lugar especial nos grupos de música tradicional chinesa, podendo ser usado na interpretação solo ou em conjunto. No bloco "Personalidade Cultural" de hoje, vamos conhecer o famoso flautista chinês, Wang Ciheng.
Wang Ciheng é primeiro flautista do Grupo Central de Música Nacional da China, vencedor de várias competições em nível estatal. Nascido na província de Zhejiang, sul da China, Wang aprendeu a tocar instrumentos como piano, violino e flauta ocidental desde pequeno, mas o seu instrumento favorito é o de sopro.
"Tocar flauta parecia simples. Meus amigos estavam aprendendo, então eu também quis aprender. Pouco a pouco, descobri que gostava muito e me aprofundei nos estudos. Depois, entrei no conservatório de música. Até hoje adoro a flauta, embora tenha aprendido a tocar outros instrumentos. Há vários tipos de flautas no mundo, mas a flauta chinesa é a única com membrana. Seu som também é mais claro e, por isso, é a minha favorita."
Wang Ciheng entrou no Conservatório Central de Música em 1980 e teve como mestres o renomado flautista chinês Zeng Yongqing e o professor Lan Yusong. Depois, ele ainda estudou com os representantes da flauta do norte e do sul do país, Wang Tiechui e Lu Chunling.
Combinando as características tradicionais das duas escolas, Wang Ciheng ainda absorveu a música ocidental e formou seu próprio estilo de interpretação. Ele cooperou estreitamente com compositores e escreveu diversas obras, criando novas técnicas de interpretação da flauta de bambu.
"Como um intérprete de música nacional, que é bem diferente da música ocidental, acho que a música chinesa é mais rica, pois combina elementos das diversas etnias do país. Sempre pensamos que a flauta deve ser usada em músicas alegres, mas não necessariamente. Todos os sentimentos da humanidade podem ser expressados pelo instrumento. Considero que a flauta chinesa exige mais dedicação e compreensão profunda dos intérpretes sobre a música tradicional chinesa e técnicas de interpretação."
Desde os anos 1990, Wang realizou diversos espectáculos solo e palestras em países estrangeiros, como EUA, Áustria, França, Alemanha e Inglaterra. Quanto aos intercâmbios com músicos estrangeiros, Wang assinalou:
"Fui várias vezes ao Conservatório Real de Música do Reino Unido dar palestras. Trocava minha experiência sobre interpretação de flauta com eles. Eles não podiam imaginar como interpretar um sistema musical de doze notas com uma flauta chinesa de apenas seis buracos. Mas é através da prática que se pode tocar, com uma técnica já mais madura. Por isso, aquilo que parece mais simples sempre é o mais difícil, e é apenas através do esforço que você pode conquistar as coisas complicadas."
Para Wang, a música não tem fronteiras e, quando ele se encontra com artistas estrangeiros, sempre descobre que eles têm coisas em comum. Wang considera que, quando se apresenta acompanhado da orquestra local, o resultado é sempre uma música bem harmoniosa e bonita. Na sua opinião, a música chinesa, além de manter suas características nacionais e encantos especiais, deve realizar mais intercâmbios com a música ocidental para enriquecer a capacidade de expressão da música tradicional chinesa.