O músico chinês, Tan Dun, levou na 73ª cerimônia de premiação do Oscar, em 2001, o prêmio de melhor trilha com o filme O Tigre e O Dragão, do diretor Ang Lee, tornando-se o primeiro chinês a ser consagrado com esta honra. No espaço Personalidade Cultural de hoje, vamos conhecê-lo.
Tan Dun nasceu em 1957 numa aldeia perto de Changsha, da província de Hunan, Centro do país. Sua inspiração pela música nasceu a partir de um Erhu (instrumento tradicional chinês) e de uma flauta de bambu, que seus pais levaram a casa por casualidade quando ele era pequeno. Curioso pelas trilhas sonoras produzidas por dois instrumentos tão simples, Tan Dun tentou tocá-los, iniciando sua jornada musical.
Na terra de Tan, as grandes cerimônias como casamentos e funerais são sempre acompanhadas pela interpretação de músicas tradicionais locais. Elas concederam a Tan Dun inúmeras inspirações nas suas produções. 
Você ouve agora a Canção do Grupo Yue, composta por Tan Dun, no filme O Banquete. Yue é uma tribo na antiguidade chinesa. A música, marcada por misticismo, foi interpretada em cargo de vários instrumentos de corda tradicionais chineses. Esse tom místico também pode ser percebido em outras produções de Tan Dun, como o concerto de Erhu Huo Ji (Ritos de Sacrifícios de Fogo) e a ópera Pavilhão de Peónia.
Mestrado em composição no Conservatório Central de Música, em Beijing, Tan Dun prosseguiu seu caminho na Universidade de Columbia, nos EUA, e obteve seu doutoramento em Arte de Música. Aí permaneceu nos EUA. De Hunan a Nova Iorque, o que chocou mais Tan foi a diferença entre a cultura ocidental e a oriental, que exerceu um forte impacto à criação do músico. Ele apresentou: 
"Em toda a minha vida, me confrontei com dois enormes choques. O primeiro ocorreu durante a transferência de Hunan a Beijing, e o segundo aconteceu nos primeiros meses depois de chegar a Nova Iorque. Para mim, a diferença existia em todos os aspectos do meu cotidiano".
Apesar disso, já durante seu estudo em Nova Iorque, Tan Dun começou a procurar nas suas composições um ponto de equilíbrio. E ele conseguiu.
Fruto de quatro anos de trabalho, a música no filme O Tigre e O Dragão, fez um tremendo sucesso. Uma combinação perfeita de instrumentos tradicionais chineses com violoncelo ocidental, a trilha ajuda construir uma atmosfera misteriosa e triste no filme. 
Apesar de tudo isso, as produções de Tan Dun provocam fortes polémicas entre críticos. O músico, no entanto, não se importa. Para ele, a música é uma arte sem fronteiras e não dever sofrer restrições. Ele falou:
"A maior crítica que recebi foi em Nova Iorque. Os críticos disseram que eu devo produzir apenas músicas a cargo de Erhu e outros instrumentos tradicionais chineses. Para eles, só os compositores ocidentais são capazes de dominar músicas interpretadas por violinos ou violoncelos. Isso, para mim, é um erro absoluto".
Residente nos EUA, Tan Dun leva uma vida modesta. Sensível e imaginativo, o músico tenta interpretar até porcelana, papel, pedra e água nas suas produções. 
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