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A saudosa poetisa taiwanesa, Xi Murong 席慕蓉

时间:2016-08-22来源:互联网 
核心提示:A saudosa poetisa taiwanesa, Xi Murong
(单词翻译:双击或拖选)
No espaço "Personalidade Cultural" de hoje, gostaria de apresentar a vocês a poetisa taiwanesa Xi Murong. Nos anos 1980, Xi Murong era bem conhecida nos dois lados do Estreito de Taiwan. Seus versos, de estilo fresco e elegante, influenciaram uma geração inteira. Nascida em uma família tradicional da etnia mongol, Xi Murong cresceu na ilha de Taiwan, longe da pradaria mongol. Nostálgica por sua terra natal, ela passou a ir a Mongólia Interior e se dedicar, nas últimas décadas, à exploração da cultura nômade. Recentemente, Xi publicou dois livros de prosa: "Procurar a terra de sonho" e "Aulas de mongol", que expressam sua ligação com a etnia mongol.

Você está ouvindo a recitação do poema de Xi "Uma árvore com flores desabrochadas". No fim dos anos 1980, era comum jovens chineses expressarem seu amor por seus namorados citando as frases deste poema: "Como você pode se encontrar comigo,/ no meu momento mais bonito. /Para isto, já pedi a Buda /por 500 anos /para nos dar uma sorte predestinada".

O editor da Editora da Literatura e Arte de Shanghai, Chen Xianfa, que já publicou várias obras de Xi, disse:

"Sua escrita sempre mostra um espírito comovente. Os leitores podem procurar aquilo que lhes falta nos livros de Xi, como juventude, sinceridade, sentimento de vida e tempo, coisas que normalmente pertencem aos jovens, para remediar as penas e evocar simpatia do coração. Além disso, a vida moderna é mais leviana, possui um ritmo rápido, e as pessoas querem procurar seus próprios lugares de repouso espiritual. Os poemas de Xi falam exatamente da persistência das pessoas no caminho de busca dessa satisfação espiritual."

Os poemas criados por Xi no século passado não só exaltaram o amor, mas também as saudades da terra natal e dos familiares. O material de ensino da escola secundária da parte continental chinesa traz o poema de Xi Murong, "Nostalgia": "Após a despedida, /a nostalgia é uma árvore /sem círculos anuais, /nunca se torna velha." Com essa nostalgia, Xi Murong fez uma retrospecção da sua própria vida. A curiosidade pela terra onde viviam seus pais levou Xi Murong a dedicar, nos 20 anos seguintes, toda sua paixão a Mongólia Interior, um terra no norte da China coberta por pradarias e desertos enormes.

Os pais de Xi eram descedentes de uma família nobre mongol. Xi nasceu em Chongqing, em 1943, durante a Guerra Anti-japonesa. Quando pequena, ela mudou com seus pais para diversas cidades, como Nanjing, Shanghai e Hong Kong, até se estabelecer em Taiwan nos anos 1950.

Xi Murong conta que seus pais e a avó materna eram mongóis. Ela não nasceu na Mongólia Interior, mas falava mongol até os cinco anos de idade. Depois, em função das mudanças constantes de moradia e ambiente social, ela pensava pouco sobre a influência da cultura mongol na sua vida, até que fez uma visita à terra de seus antepassados em 1989. Naquela altura, Xi Murong, 46 anos, representando a mãe falecida e o pai que vivia na Alemanha, realizou o sonho de voltar à casa da família na pradaria mongol. Xi ficou profundamente comovida pela visita e nunca mais pôde ignorar as saudades que sentia pela terra.

"Em Agosto de 1989, voltei à casa do meu pai na Mongólia Interior. Acho que foi incrível, pois nunca tinha estado naquele lugar. Ainda assim, senti-me como se já tivesse estado ali. Passamos por Zhangjiakou e chegamos a Zhangbei, onde começamos a subir os açudes e, depois, vimos a pradaria, enorme. Não consigo descrever o que senti, mas sempre senti uma ligação como se já tivesse estado ali. É como se eu tivesse entrado nos meus sonhos."

Xi Murong descreveu sua ligação com o local durante a primeira viagem através de caracteres e fotos na obra a que chamou "Minha casa na pradaria". Ela esperava expressar da forma mais plena uma terra de sonho, rica e linda, que é chamada por ela de "terra natal" e "terra santa". O tema da sua criação também mudou; de poemas de amor gorjeados para a descrição da paisagem e cultura da pradaria. Como ela disse no seu poema "Eu dobro meu amor": "Meu amor dobrado /tão torcido e sinuoso /como rio longo na pradaria".

Agora, Xi Murong vai várias vezes por ano à Mongólia Interior. Ela fica na floresta, no deserto e na pradaria por mutas horas, escrevendo e tirando fotos. Xi, que aprendeu a pintura a óleo, usa muitas cores para retratar a paisagem da pradaria, mas disse que não consegue pintar as paisagens mais bonitas, porque acha que ainda não consegue compreender profundamente a cultura da pradaria. Então, viajar e escrever é seu trabalho principal.

"Por que vou à Mongólia Interior? Para viajar. Passeio pela pradaria, pela floresta, pelo deserto. Antes, fazia muitas anotações. Depois, cansei-me disso e, às vezes, deito-me e gravo o que fiz durante o dia em um gravador. É muito cansativo."

Mas Xi gosta destas viagens em que sai à procura de suas raízes. De acordo com ela, "não há nada que se possa comparar à inesquecível alegria de andar pela enorme pradaria da Mongólia Interior no verão". Cada vez que escreve sobre a Mongólia Interior, Xi chora, porque até mesmo os detalhes mais ínfimos podem lhe trazer lembranças.

Xi Murong tem um nome mongol, Mulun, que significa grandes montanhas e rios. Ela disse que, quando assina seu nome, sempre quer escrever seu nome mongol, pois tem um significado simples e generoso. Talvez estas sejam as características mais reais de Xi. Quanto aos seus novos livros "Procurar a terra de sonho" e "Aulas de mongol", Xi afirmou:

"'Procurar a terra de sonho' satisfaz minha nostalgia, enquanto 'Aula de mongol' cumpre com a educação que eu ainda não atingi. Ainda estou perguntando e aprendendo, e queria mostrar este processo aos leitores. A cultura mongol é uma cultura totalmente nova que eu mesma preciso conhecer. Neste processo, encontrei diversos amigos e especialistas extraordinários. Até um pastor que encontrei na pradaria pôde me dar uma aula. Descobri um mundo novo aqui. "

Xi Murong ainda vai a Alashan neste ano. Será sua quarta visita à região, mas ela disse que ainda tem algumas dúvidas que precisam de ser esclarecidas, além de querer ver os afrescos no deserto. Xi também lamenta sobre o fato de não ter tido a oportunidade de discutir com seu pai, que pesquisa sobre literatura mongol, se a cultura mongol que ela conheceu é diferente da geração mais velha. Agora, seu pai já faleceu e é com esse pesar no coração que Xi Murong se esforça no caminho da procura por suas raízes.
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